Hackers invadem o pentágono e roubam dados militares

Piratas virtuais invadiram os computadores do Pentágono e tiveram acesso a

dados do projeto de construção do avião caça Joint Strike Fighter, um dos mais

caros já empreendidos pelo Departamento de Defesa dos EUA, orçado em US$ 300

bilhões. A informação foi divulgada nesta terça-feira (21) pelo "Wall Street

Journal".

De acordo com a publicação, os piratas virtuais entraram no sistema e fizeram o

download de "vários terabytes" de dados relacionados ao desenho e a sistemas

eletrônicos do avião, fazendo com que fique mais fácil combatê-lo. O jornal

afirma que não há informação específica sobre a identidade dos invasores e a

magnitude dos danos causados por essas operações.

Um ex-oficial envolvido com o assunto afirma que o volume de ataques do gênero

--ou as ações detectadas pelo governo-- cresceram muito nos últimos seis meses,

em um fenômeno sem precedentes.

A administração de Barack Obama está tomando medidas para conter essa

escaladas, inclusive contratando piratas virtuais. A ideia é contratar pessoas

que exercem esse tipo de atividade para que elas ajudem a melhorar a segurança

das redes de comunicação do país.

O secretário de Defesa do país, Robert Gates, afirmou que o Pentágono quer

aumentar de 80 para 250, até 2011, o número de especialistas no assunto

treinados por ano.

Após denúncias de que os Estados Unidos não estão bem preparados para ataques

virtuais, a Casa Branca fez um estudo sobre como o governo pode usar a

tecnologia para melhorar a segurança em áreas que vão da rede elétrica até a

cobrança de impostos, passando por sistemas de controle aéreo e do mercado de

ações.

Enquanto o país tem estratégias claras para agir no caso de um ataque aéreo,

por exemplo, não há algo similar no que se refere à área digital. 'Nós

claramente não estamos preparados como deveríamos', afirmou David Powner,

diretor de tecnologia do Government Accountability Office (GAO --o braço

investigativo do Congresso norte-americano).

Fonte: Folha